Azóia... à descoberta

Sábado, 6h00 da manhã e lá estava eu a acordar já cansada das poucas horas de sono acumuladas durante a semana... tal como combinado o meu instrutor de condução apareceu à porta da minha casa para mais umas aulinhas antes do exame.

Foram umas aulas divertidas, ele dizia direita e eu metia o pisca da esquerda, mas correu tudo bem. Estão para perto os dias em que vou ser independente e poder ser eu a convidar a malta para rocktrips, deixando a incómoda vida de estar sempre à espera que alguém me convide. Mas dias de sol e muuuita escalada estão previstos ;)

Bem mas indo ao que interessa, às 10h30, depois das aulas, lá fui com o André para a Azóia, ele nunca lá tinha estado e mostrei-lhe os sectores Cova Mijona e Poema Rocha.

Velhos hábitos quebram-se e dão início à procura de novos hábitos...

Para começar fui, pela primeira vez, a primeira a escalar! Desculpem o pleonasmo mas foi um misto de emoções fortes. Mais uma vez o André "mentiu-me" e disse que não estava a perceber a via e eu que lhe fosse meter os expressos para ele a fazer em flash. Descobri que fico mais motivada para dar o meu melhor quando quero ajudar alguém e tenho de tentar ser o elemento forte do grupo do que a namorada-gri que é o elemento mais fraco do grupo. Mas infelizmente não consegui meter os expressos todos, mas foi um bom inicio para começar a fazer frente ao meu medo de vertigens.

Mais tarde voltei, em topo, para tentar fazer a via toda incluindo o tecto e com medo do pêndulo do tecto acabei por me ver a fazer o tecto da via do lado, que é um 7º (que é como se fosse um 8a para quem faz 7b com muita dificuldade), com entalamento do calcanhar direito, aplate para a mão esquerda e largar a presa direita que era um bocado melhor que a esquerda para me aproximar do topo e evitar pêndulo. Foi muito nice!

A meio da tarde, enquanto os surfistas Helder e Bruno lutavam por utilizar o equilíbrio das ondas na rocha para tirarem os expressos de uma via que lhes tinham montado, eu, o André Pires e o André Santos envolvemos-nos numa epopeia: "Em busca do sector Varandas"... foi só rir!

Eu ia à frente muito decidida em encontrar caminhos de cabras pelo meio de pedras rolantes, azevinhos que picam que se fartam (mas não a mim, he he he, a pensar na apróximação aos sectores levei calças); atrás de mim seguia o Pires, de vez enquando lá me dava confiança dizendo para eu não me preocupar, que se tivesse que acontecer alguma coisa a alguém seria a ele que, inevitavelmente, estava de chinelos (perdão, havaianas como já me chamaram a atenção he he he) a resvalar na terra e pedras soltas do terreno íngreme que acabava numa ravina para o mar (como sabem, eu tenho uma certa propensão para acidentes); seguido pelo Santos que se deparou com uma lata de salsichas da raça Nobre, ainda procurámos uma coleira com o nº. de tlf para dar a boa noticia ao dono mas suspeitamos que tenha sido um acto de puro abandono visto estarmos a entrar na altura do ano em que se atinge o auge destes actos vis.

photo by André Santos

O dia foi longo, pois saimos já eram 23h. Sim, é isso mesmo, noite cerrada! O que nos safou foi a luz da lua e o meu frontal. Lembrei-me do Primo e do Ricky, do facto deles meterem expressos numa data de vias só para o caso de quererem voltar a fazer-las mais tarde e o Pujan dizer-me que não há pior que eles, que está a anoitecer e ainda andam a tentar tirar os expressos... bem... afinal até há! lol São os Andrés! Começou a anoitecer e eles pensaram:

- Bem... ainda temos expressos na Cova Mijona para tirar mas porque não meter mais expressos!? Que tal num 7c do Poema Rocha!? Lol são mesmo loucos!

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(podem ver um bom filme de um encadeamento 7b+ no Poema Rocha, via com o mesmo nome, de à um mês atrás feito pelo Pujan em

http://www.youtube.com/watch?v=c074b-HqOPM)
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photo by Cláudia Cruz

(Pires num 7c do sector Poema Rocha)

Próximo fim-de-semana é repetir! Pois no Domingo nenhum de nós se conseguia mexer para ir escalar, tal foi o cansaço! Rir também cansa! Ah pois é!