Fds da tribo em Poios, Buracas e Redinha

Para mim, este fds foi um híbrido de retiro espiritual e ritual de iniciação como um templário.

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Decidi que na próxima viagem a Poios (o meu 2º. local de escalada favorito) seria o ponto de partida para escalar sempre à frente e ir em topo seria apenas um meio utilizado em último recurso para resolver um passo para novamente voltar a ir à fente. Aos poucos irei famirializar-me com a sensação de ir à frente e mesmo que agora só consiga chegar ao 3º. expresso, logo logo irei fazer cada vez mais até já nem pensar no medinho ou pelo menos questionar-lo :) Eu sei que em topo estaria a escalar muito mais mas decidi que se continuasse assim estava a caminho de lado nenhum, tenho de escalar à frente!

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Bem... aqui está o relato da viagem:

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1º DIA, 6F

Eu, a guia iniciática; Ramel, o batedor que gosta experimentar vias seja nivel a baixo do seu ou a cima; André, o visitante legionário da rocha oriundo da Gália; Puto João, o cavalheiro da força bruta; partimos em busca de novos sectores (que eu não conhecia) para a região de Poios, Buracas e Redinha.

Chegámos por volta das 2h da manhã, depois de eu contar pelo caminho algumas histórias em forma de estória sobre o indígena Tiago, para quem não sabe ele é como o papão para os escaladores bem comportados, por cortesia lá paramos o carro à frente da tasquinha dele em Poios e fui dizer-lhe olá muito rapidamente, interrompendo umas aulas de guitarra clássica que ele estava a dar.

Escusado será dizer que depois de guiar o resto da tribo ao nosso local de pernoita (sector da Capela), assim como quem não quer a coisa, lá apareceu o Tiago no seu jipe com música alegre fazendo-se acompanhar por um garrafão de jeropiga caseira e uma grade de minis não fossemos ter sede lá no cimo da montanha. O André foi o 1º. a descartar-se com o facto de andar a tomar antibiótico, o Puto João a mesma coisa, ficando só eu e o Ramel para recebermos a festa de boas-vindas (por outras palavras as bebidas locais), mas foi muito giro!

photo by Puto João

(Tiago, a Loira, eu e a Jeropiga caseira)

O Tiago até foi buscar a viola ao jipe e o Ramel esteve a tocar para animar ainda mais e o resto da malta acompanhou-o com a voz até às 4h30 da manhã...

photo by Cláudia

2º DIA, Sáb

...no dia a seguir...
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Estão a pensar que ficámos a dormir a manhã!? Nãaa, nesta viagem não há lugar para frouxidão! Aqui a vossa amiga Cláudia pensou cá para com o fecho do saco-cama, eu não estou habituada a beber assim e amanhã de manhã vou ser a última a acordar e eu não quero ser "menina" :( com o "stress" acordei ainda não eram 8h cheia de bom humor e energia. Ah pois é! Fui ter com o resto dos membros numa de "embora lá fazer força" mas para meu espanto ainda estavam no seu sono de beleza. O Puto João foi o único que ainda agarrou na corda mas nada feito, eu queria mesmo era ir para o sector Microondas onde eu tinha um encontro marcado com um "projecto".
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Depois de os levar a tomar o pequeno-almoço na Redinha que faz a vez da Brejoense para quem vai à Arrábida e ter estado na conversa com o Osso (o nuestro hermano a quem devemos as vias equipadas das Buracas), lá fomos nós cheios de esperanças e sonhos para concretizar (como é óbvio estou a falar ironicamente de mim que levei um encherto de porrada do meu projecto e em ir à frente o dia). Mas nem tudo foi mau, houve quem escalasse a Missão Cumprida 7b, Com Esta Máquina é Mel 6c, Via da Inês 7a... conhecemos o Luis Bonito (um escalador da zona) e um grupo de escalada de uma escola com os quais nos fartámos de rir graças ao professor de educação física muito parecido ao meu pai, o Emílio, no modo como lida inocentemente com as alunas he he he. Como não podia deixar de ser, o André como bom italiano que é ainda tentou aliciar uma jovem (menor de idade) a meter-lhe inocentemente creme protector em zonas intimas, visto estar muito sol como é óbvio, mas a rapariga não foi na conversa preferindo manter o contrato de exclusividade com o seu professor ;)

photo by Cláudia

(André o presunto pendurado)

Lá para a tarde levei a tribo a refrescar-se nos Olhos de Água... o cansaço da noite anterior em simbiose com o calor abafado estavam a fazer-se sentir mesmo no mais puro escalador do grupo.

photo by Ramel

(Eu no projecto que ficou por encadear, Água Fria da Ribeira 7c+ sem dúvida)

photo by Cláudia

(Puto João no seu melhor)

E depois seguimos para as Buracas ao encontro do Osso, que se prontificou em me fazer o novo croqui do sector Vaca Voadora com as novas vias que equipou (quem quiser pode entrar em contacto comigo que eu desponibilizarei), e dos irmãos João e Ricardo Miquel que também andavam por lá a escalar.

photo by João Miquel

(Buracas do Casmilo, sector Vaca Voadora)

photo by Cláudia

(Osso no seu projecto)

photo by Cláudia

(Miquel também no seu projecto, "Bounjour Monsieur" 7b)